quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Inteligência Animal

Serão os animais inteligentes?
Esta é uma das questões que mais se coloca atualmente.
A inteligência animal refere-se às capacidades cognitivas de um animal, a capacidade que este tem de resolver problemas, a capacidade de criar ferramentas, mapas mentais e o planejamento consciente.
A inteligência animal ou mais recentemente apelidada de cognição animal abrange o campo das capacidades mentais dos animais e é influenciada pela etologia, pelo “behaviourismo” e pela psicologia evolucionária.
É preciso, no entanto, esclarecer que por animal se designam todas as formas animais excluindo o homem apesar de no sentido lato “animal” se referir a todas as espécies contidas no reino “Animmalia”.
Toda a discussão criada até agora à volta da inteligência ou cognição animal prende-se exatamente com a atribuição desse título aos animais devido a uma inteligência real ou a uma resposta prática e mecânica a estímulos do meio, sendo os únicos animais pensantes, os humanos.
As experiências ainda continuam a utilizar as técnicas de comparação psicológica, labirintos e caixas de Skinner, mas já se desenvolvem novas técnicas como os labirintos de água que são usados para a comprovar a memória espacial. A estas experiências provocadas juntam-se as observações das espécies nos seus habitats naturais. O animal tem que responder aos estímulos provocados de uma maneira em que o conhecimento associativo não se possa expressar nos comportamentos, ou seja, face a situações novas, os animais vão desenvolver novos padrões de conhecimento. Também, é utilizada a comparação dos recursos que uma criança humana, dentro de vários estágios de idade, pode utilizar em relação aos recursos que outros animais também podem utilizar.
Alguns cientistas, adeptos do behaviourismo como John Lilly e Donald Griffin julgam que os animais têm mentes e que deveriam ser estudadas de acordo com padrões semelhantes aos utilizados para estudar a mente humana. Esta teoria é bastante discutível e não foi muito aceite pela comunidade.
As pesquisas realizadas vêm mostrar que a atenção nos animais, tal como nos humanos, é distribuída por vários estímulos e categorizada consoante a importância desses mesmos estímulos. Isto vem comprovar a especialização de alguns animais em tarefas que para outros podem ser muito difíceis. Para isto é necessária a memória, que pode ser de curta, média ou longa duração. Uma das provas da existência de memória nos animais é a necessidade de lembrar uma localização espacial, como a que têm, por exemplo, os esquilos cujos nichos ecológicos obrigam-nos a lembrar onde está presente o alimento, mesmo depois de mudanças radicais no ambiente envolvente.
Com todos estes argumentos, penso que se deve ultrapassar a antiga ideia de que só o homem é que possui inteligência. Esta é uma posição extremamente arrogante, é quase como uma necessidade de o homem se sentir superior aos outros animais e submetê-los ao seu jugo.

Diogo Carvalho

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