quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Crianças Selvagens

As crianças selvagens que cresceram privadas do contacto humano, ou seja, não têm contacto com a sociedade. Normalmente vivem com animais, na maioria com lobos. Na maioria dos casos, as crianças são roubadas, perdidas, vítimas de situação de abuso ou abandonadas na infância e depois, anos mais tarde, descobertas, capturadas e recolhidas para junto dos humanos.

Quando capturadas, estas crianças apresentam características muito diferentes dos humanos. É frequente que depois de recolhidas, comuniquem apenas com mimica ou sons e gestos dos animais que viveram. Não gostam de usar roupas, comem e bebem da mesma forma que os animais fazem e não gostam da companhia humana e fogem para ficarem sozinhas. Procuram sempre a companhia animal.

É habitual que não riam ou chorem, uma vez que, não manifestam comportamentos emocionais e, muitas vezes, têm ataques de raiva podendo então exibir uma força particular e um comportamento claramente selvagem. Algumas crianças têm ataques de ferocidade ocasionais, mordendo ou arranhando outros ou até eles mesmo, por esse motivo é que, características dos seus corpos apresentam frequentes cicatrizes e marcas quer físicas quer psicológicas.
Maria Isabel Quaresma dos Santos, uma criança portuguesa nascida em Coimbra, foi a menina que viveu a sua infância dentro de um galinheiro durante oito anos, à qual a sua mãe a alimentava como alimentava as galinhas com que a obrigou a conviver, comia couves, milho e bebia uma caneca de café.

Revela-se uma menina muito agressiva, destruindo assim, tudo o que estivesse ao seu alcance. Mexia os braços como se tivesse asas das galinhas, comia os próprios cabelos e defecava em qualquer parte e ingeria as próprias fezes.

Atualmente encontra-se viva, com 46 anos, na Casa do Bom Samaritano.


Escrito por Ana Pereira

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