Hipócrates é
conhecido por muitas pessoas como uma das figuras mais marcantes da história da
saúde. Devido à sua grande importância, ele é chamado de "Pai da
Medicina".
Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticava os cuidados em saúde. Este importante estudioso da medicina, nasceu na Grécia.
Em seus estudos, ele pôde constatar a relação de muitas
epidemias com fatores climáticos, raciais, alimentares e do meio ambiente.
Deixou ainda muitas descrições clínicas que possibilitam o diagnóstico de
doenças como a malária, tuberculose e pneumonia.
Ele dedicou-se também profundamente aos estudos sobre
anatomia humana, deixando anotações descritivas bastante claras que se refere
não só a instrumentos de dissecação, como também, a procedimentos práticos.
O “pai da medicina” direcionava os seus conhecimentos em
saúde no caminho científico, ele rejeitava completamente as superstições e
práticas que não se podiam explicar cientificamente, ou seja, baseadas na
religião ou na opinião popular.
Hipócrates chegou a teoria dos quatro humores corporais
(sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra) através da sua forma de entender
o funcionamento do organismo humano, incluindo a personalidade. Segundo ele, a
quantidade destes fluídos corporais era a principal responsável pelo estado de
equilíbrio ou de doença.
(Sua teoria
influenciou um outro importante estudioso, Galeno, que desenvolveu a teoria de
Hipócrates (teoria dos humores) dominando este conhecimento até o século
XVIII.)
Hipócrates é também creditado como tendo criado o juramento
de Hipócrates, utilizado hoje para a profissão de medicina, embora alguns
autores afirmam que o juramento é posterior.
" Eu
juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo por
testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e
minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele
que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele
partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes
esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem
compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o
resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos
segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei
os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para
causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal
nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher
uma substância abortiva.
Conservarei
imaculada minha vida e minha arte.
Não
praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação
aos práticos que disso cuidam.
Em toda a
casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano
voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as
mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que
no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu
tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei
inteiramente secreto.
Se eu
cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da
vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me
afastar ou infringir, o contrário aconteça."
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