quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Hipócrates - Pai da medicina

Hipócrates é conhecido por muitas pessoas como uma das figuras mais marcantes da história da saúde. Devido à sua grande importância, ele é chamado de "Pai da Medicina".

Hipócrates era um asclepíade, isto é, membro de uma família que durante várias gerações praticava os cuidados em saúde. Este importante estudioso da medicina, nasceu na Grécia.
Em seus estudos, ele pôde constatar a relação de muitas epidemias com fatores climáticos, raciais, alimentares e do meio ambiente. Deixou ainda muitas descrições clínicas que possibilitam o diagnóstico de doenças como a malária, tuberculose e pneumonia.

Ele dedicou-se também profundamente aos estudos sobre anatomia humana, deixando anotações descritivas bastante claras que se refere não só a instrumentos de dissecação, como também, a procedimentos práticos.

O “pai da medicina” direcionava os seus conhecimentos em saúde no caminho científico, ele rejeitava completamente as superstições e práticas que não se podiam explicar cientificamente, ou seja, baseadas na religião ou na opinião popular.

Hipócrates chegou a teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra) através da sua forma de entender o funcionamento do organismo humano, incluindo a personalidade. Segundo ele, a quantidade destes fluídos corporais era a principal responsável pelo estado de equilíbrio ou de doença.

(Sua teoria influenciou um outro importante estudioso, Galeno, que desenvolveu a teoria de Hipócrates (teoria dos humores) dominando este conhecimento até o século XVIII.)

Hipócrates é também creditado como tendo criado o juramento de Hipócrates, utilizado hoje para a profissão de medicina, embora alguns autores afirmam que o juramento é posterior.
    
" Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higeia e Panacea, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes.
Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam.
Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados.
Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça."


Carla Pacheco nº8

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