É notório que o tipo de alimentação escolhida para o bebe é
um fator determinante na qualidade da interação da relação entre
progenitora-cria.
O aleitamento materno é uma prática que ocorre desde as
antigas civilizações, que ao longo do tempo sofreu várias mudanças nas
diferentes culturas.
O ato de amamentar é um ato que significa bem mais do que
nutrir ou satisfazer a fome do bebe, existem ações e reações que decorrem
durante esse ato e tais reações são involuntariamente atravessadas por
componentes emocionais fornecendo sentidos que a sustentam. Assim amamentar tem
a sua peculiaridade e o seu momento de ser e não esta necessariamente em jogo o
seio órgão e nem o leite alimento.
Todos os bebes ao nascerem são inicialmente imaturos e
totalmente dependentes da sua progenitora. A forma como ocorre o relacionamento
do bebe com o mundo esta ligado é muitas vezes influenciado pelo aleitamento. Estando
assim a amamentação ligada com a saúde psíquica do seu filho ao longo do seu
desenvolvimento.
Quando a mãe esta impedida de amamentar o seu bebe esta é
vista na sociedade como uma “má mãe” ou “mãe desnaturada”. Acaba-se por se
impulsionar á mulher uma culpa pré-estabelecida culturalmente, de tal forma que
a maternidade pode vir acompanhada com sentimentos de duvida, pois muitas se
culpam por não sentir ou agir de acordo com os modelos impostos pela sociedade.
Outras repercussões psicológicas são evidenciadas no sentimento de perda,
sentimento de tristeza, de conflito de dupla negação, sentimento de perda de
oportunidade, de cisão, de angústia, e de dívida social e biológica. Estas repercussões pode de fato acontecer
pois, sabe-se que figura materna assim como o simbolismo da amamentação,
perpassa por processos subjetivos diante de um histórico construído social e
culturalmente do papel feminino perante a sociedade.
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