terça-feira, 13 de dezembro de 2016


É notório que o tipo de alimentação escolhida para o bebe é um fator determinante na qualidade da interação da relação entre progenitora-cria.
O aleitamento materno é uma prática que ocorre desde as antigas civilizações, que ao longo do tempo sofreu várias mudanças nas diferentes culturas.
O ato de amamentar é um ato que significa bem mais do que nutrir ou satisfazer a fome do bebe, existem ações e reações que decorrem durante esse ato e tais reações são involuntariamente atravessadas por componentes emocionais fornecendo sentidos que a sustentam. Assim amamentar tem a sua peculiaridade e o seu momento de ser e não esta necessariamente em jogo o seio órgão e nem o leite alimento.
Todos os bebes ao nascerem são inicialmente imaturos e totalmente dependentes da sua progenitora. A forma como ocorre o relacionamento do bebe com o mundo esta ligado é muitas vezes influenciado pelo aleitamento. Estando assim a amamentação ligada com a saúde psíquica do seu filho ao longo do seu desenvolvimento.
Quando a mãe esta impedida de amamentar o seu bebe esta é vista na sociedade como uma “má mãe” ou “mãe desnaturada”. Acaba-se por se impulsionar á mulher uma culpa pré-estabelecida culturalmente, de tal forma que a maternidade pode vir acompanhada com sentimentos de duvida, pois muitas se culpam por não sentir ou agir de acordo com os modelos impostos pela sociedade. Outras repercussões psicológicas são evidenciadas no sentimento de perda, sentimento de tristeza, de conflito de dupla negação, sentimento de perda de oportunidade, de cisão, de angústia, e de dívida social e biológica.  Estas repercussões pode de fato acontecer pois, sabe-se que figura materna assim como o simbolismo da amamentação, perpassa por processos subjetivos diante de um histórico construído social e culturalmente do papel feminino perante a sociedade.


 Sofia Leão 12ºB


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